Em 1924, Elton Mayo, um pesquisador da Universidade de Harvard, liderou um estudo em uma fábrica em Hawthorne, Nova Jersey, nos Estados Unidos, para explorar a relação entre a higiene dos trabalhadores e sua produtividade. O objetivo era simples: descobrir como a melhoria das condições de trabalho poderia aumentar a produção.
Uma das primeiras experiências realizadas pela equipe de Mayo foi aumentar a intensidade das luzes da fábrica, esperando que isso melhorasse o ambiente de trabalho e aumentasse a produtividade dos trabalhadores. E, de fato, a produtividade aumentou.
Mas, curiosamente, quando os pesquisadores diminuíram a intensidade das luzes novamente para continuar estudando outras facetas da higiene do trabalhador, a produtividade continuou a aumentar, contrariando as expectativas.
Esse fenômeno ficou conhecido como o "efeito Hawthorne". E o que isso significa? Simplesmente que o aumento da produtividade não estava relacionado com a intensidade da luz, mas sim com a atenção que estava sendo dada às pessoas.
O estudo revelou que os trabalhadores se sentiam mais valorizados e importantes quando recebiam atenção especial dos pesquisadores. Essa atenção se traduziu em um aumento de motivação e, consequentemente, em uma maior produtividade.
A experiência de Hawthorne é um exemplo clássico de como pequenas mudanças no ambiente de trabalho podem ter um grande impacto no desempenho dos trabalhadores. E, mais do que isso, mostra que o fator humano é crucial para a produtividade e o sucesso de uma empresa.
A lição que podemos tirar do estudo de Hawthorne é que, para melhorar a produtividade dos funcionários, é preciso prestar atenção às suas necessidades e investir em um ambiente de trabalho saudável e positivo. Isso inclui dar feedback, reconhecer o bom trabalho e proporcionar oportunidades de desenvolvimento e crescimento.
Ao fazer isso, as empresas podem aumentar a motivação e o engajamento dos funcionários, melhorar o clima organizacional e, finalmente, alcançar melhores resultados.