top of page
Foto do escritorPiettro Voishev

Mercado Imobiliário: Qual o futuro das Lajes Corporativas?

O mercado imobiliário tem se transformado rapidamente, especialmente após os efeitos da pandemia. Diante desse cenário, a grande questão é: qual será o futuro das lajes corporativas? Confira! 


Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) de lajes corporativas têm se destacado como uma modalidade de investimento atrativa, impulsionada pela demanda por espaços empresariais bem localizados e modernos. Esses FIIs são compostos principalmente por imóveis comerciais, como edifícios de escritórios, que são locados para diversas empresas, garantindo uma fonte recorrente de receita por meio de aluguéis


  1. O que é uma laje corporativa?


Uma laje corporativa, também chamada de laje comercial, refere-se a uma unidade de espaço em edifícios comerciais, geralmente ocupando andares inteiros ou parte deles, e necessitando de uma infraestrutura robusta para acomodar as operações de empresas. Essas lajes podem variar de pequenas salas a andares inteiros ou até prédios completos.


Quando essas lajes corporativas são de alta qualidade, com boa infraestrutura e localização, a taxa de vacância tende a ser reduzida, o que é um indicador positivo para os proprietários, pois reflete alta ocupação e demanda.

 

Existem agências de rating especializadas que avaliam a qualidade das lajes corporativas, considerando critérios como infraestrutura, área útil, localização do imóvel, vagas de garagem e segurança. As lajes de alto padrão podem receber a classificação Triple A (ou AAA), enquanto imóveis de qualidade inferior podem ser classificados como C.


  1. Como Funcionam os Fundos de Lajes Corporativas?


Os FIIs de lajes corporativas (também conhecidos como FIIs de tijolo) são fundos compostos por cotistas que investem na aquisição desses imóveis, gerando renda por meio de aluguéis de espaços comerciais para empresas. A receita gerada pelos aluguéis é distribuída aos cotistas na forma de dividendos, geralmente pagos mensalmente.


De acordo com a legislação brasileira, pelo menos 95% dos lucros dos FIIs devem ser distribuídos aos investidores. Além disso, os contratos de aluguel frequentemente são reajustados pela inflação (na grade maioria o IGP-M ou IPCA), o que ajuda a proteger os investidores contra a perda do poder de compra no longo prazo. No entanto, é importante observar que o IGP-M e IPCA tem sido voláteis nos últimos anos, o que pode gerar incertezas em momentos de alta inflação.


  1. Quais são as causas da Valorização e Desvalorização das Lajes Corporativas?


Principais causas da valorização:


  • Crescimento Econômico: Em períodos de recuperação econômica, há maior demanda por espaços comerciais, pois as empresas expandem suas operações. Isso aumenta a procura por lajes corporativas de qualidade, impulsionando sua valorização.


  • Investimentos em Infraestrutura: Projetos de infraestrutura pública e privada, como novos transportes e melhorias urbanas, podem atrair mais empresas para determinadas regiões, aumentando a demanda por lajes corporativas e, consequentemente, valorizando essas áreas.


  • Localização e Tamanho (m²): A localização e o tamanho da laje corporativa são determinantes para sua valorização. Lajes em regiões bem estruturadas, com fácil acesso a transporte e comércio, tendem a atrair mais empresas. Além disso, lajes de grande porte em boas localizações são altamente valorizadas, mas lajes menores em locais estratégicos também podem gerar bons retornos, atendendo a empresas que buscam espaços mais compactos.


  • Taxas de Juros e Crédito: Taxas de juros mais baixas incentivam o financiamento e aumentam a demanda por imóveis comerciais. A acessibilidade ao crédito torna o aluguel e a compra de lajes corporativas mais atraentes.


  • Estabilidade Política e Econômica: A confiança na estabilidade política e econômica do país impacta diretamente o mercado imobiliário. Em momentos de estabilidade, investidores têm maior confiança em aplicar recursos em lajes corporativas, o que pode impulsionar a valorização.


  • Fluxo de Investimentos Estrangeiros: A entrada de investimentos estrangeiros pode aquecer o mercado, especialmente em grandes centros urbanos. Investidores internacionais frequentemente buscam imóveis de alto padrão, o que contribui para a valorização das lajes corporativas nessas áreas.


Principais causas da desvalorização:


  • Aumento da Vacância: A pandemia acelerou a adoção do home office, que pode beneficiar os colaboradores, mas não necessariamente os espaços alugados, o que tem levado muitas empresas a reduzir sua demanda por espaços físicos. Isso resulta em aumento da vacância, tanto física (espaços desocupados) quanto financeira (redução da receita com aluguéis), impactando negativamente a rentabilidade dos FIIs de lajes corporativas.


  • Dependência de Grandes Inquilinos: FIIs que dependem de poucos ou de um único grande inquilino estão mais expostos ao risco de vacância caso esses inquilinos desocupem o imóvel ou não renovem os contratos. Isso pode afetar diretamente a estabilidade da rentabilidade.


  •  Flutuação Econômica: A instabilidade econômica pode afetar a demanda por lajes corporativas, impactando a taxa de ocupação e o valor dos aluguéis. Em períodos de crise, as empresas podem reduzir seus espaços ou adotar modelos mais flexíveis, o que gera incerteza nos resultados do fundo.


  • Taxa Selic: A Selic elevada torna os FIIs de lajes corporativas menos atrativos quando comparados a outras opções de investimento, como a renda fixa. Taxas mais baixas, por outro lado, incentivam a demanda por imóveis comerciais, tornando os FIIs mais competitivos.


  • Manutenção e Custos: Custos imprevistos com manutenção e renovação dos imóveis podem impactar a rentabilidade dos FIIs. Esses custos, se não geridos adequadamente, podem reduzir os dividendos pagos aos cotistas.


  • Localização e Qualidade: A valorização das lajes corporativas depende fortemente da localização e qualidade do imóvel. Lajes em locais bem localizados e com infraestrutura de alta qualidade tendem a atrair mais inquilinos, mantendo as taxas de ocupação elevadas.


  • Desvalorização e Inadimplência: A desvalorização dos imóveis ao longo do tempo, seja por desgaste ou mudanças no mercado, pode afetar o preço e a rentabilidade dos FIIs. Além disso, o risco de inadimplência dos inquilinos pode elevar a vacância e impactar negativamente a rentabilidade.


  • Governança: A boa governança corporativa é essencial para garantir a transparência, gestão eficiente e mitigação de riscos. A falta de boas práticas de governança pode prejudicar a confiança dos investidores e afetar o desempenho do fundo.


  1. Perspectivas e Desafios para o Mercado de Lajes Corporativas.

 

Embora o mercado de lajes corporativas enfrente desafios, como altas taxas de juros e as mudanças nas dinâmicas de trabalho com o modelo híbrido, ele ainda oferece grandes oportunidades para investidores bem-posicionados. Uma gestão eficaz e transparente, com foco em infraestrutura moderna e em regiões estratégicas, corrobora a valorização desses imóveis. Além disso, o aumento do fluxo de investimentos e a demanda por espaços flexíveis e de qualidade ajudam a proteger contra os riscos de vacância e inadimplência.


Investidores que priorizam gestão ativa, segurança e adaptação às novas necessidades do mercado de trabalho têm mais chances de continuar investindo nesses ativos a longo prazo. Apesar das adversidades, o mercado de lajes corporativas apresenta boas perspectivas de valorização e rentabilidade para aqueles que souberem identificar e aproveitar as tendências emergentes, ajustar suas estratégias conforme o cenário econômico e manter uma visão de longo prazo.


Se você deseja otimizar a gestão e impulsionar sua infraestrutura de telecomunicações para gerar mais receita e valorizar seu empreendimento, além de contar com sistemas inteligentes que garantem tranquilidade, te convido a falar com nossos consultores no WhatsApp.

 

 

 


Comentários


bottom of page